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Posted by : Unknown July 04, 2011

A organização não-governamental Médicos Sem Fronteiras iniciou uma série de apelos desesperados para que as autoridades do mundo inteiro percebam o que está acontecendo ao redor dos refugiados oriundos da Líbia principalmente na Itália.


Campo de refugiados na Itália snapshot vimeo.com/MSF
Por Saulo Valley - Rio de Janeiro, 04 de Julho de 2011 - 18h30min
Atualizado as 22h27min.

O grito de alerta teve início no dia 30 de Junho pela MSF de Sousha, o acampamento da Tunísia e em Mineo no Centro de Recepção da Sicília. Um documento publicado no site oficial da ONG falando da situação de  cerca de 20 mil refugiados que fugiram da guerra e se encontram em completo isolamento. Recebem alimentos e um lugar confortável pra viver. Esta proteção acabou se tornando involuntariamente num presídio para eles.

Abandonados e sem nenhuma atividade física, depois de diversos traumas sofridos nas guerras em seus países de origem, refugiados agora buscam fugir do vazio e das inquietações que as cercam e as envolvem.

Médicos Sem Fronteira destaca depressão, angústia e desequilíbrio emocional em forma de epidemia isolada.
No vídeo que produziram MSF pede socorro para as pessoas nos abrigos:

"Estas vítimas do conflito negligenciado na Líbia estão agora enfrentando as conseqüências das condições de acolhimento e proteção insuficiente e pobre nos países onde eles buscaram segurança." MSF
Campo de refugiados na Itália snapshot vimeo.com/MSF
Em um documento chamado de "Briefing_paper_ItalyTunisia"que está sendo distribuido em inglês pela organização, revelações do estado mental e espiritual perigoso e conflitante das pessoas refugiadas.


"No começo, nos sentimos bem-vindos, nós tínhamos esperança. Mas quanto tempo isso pode durar? Estamos aqui por meses. As pessoas estão sob muito estresse. Eles perderam membros da família, seus pertences, os seus documentos. Eles estão perdendo suas mentes e querem sair deste acampamento tão rapidamente quanto puderem. " - Emmanuel, 40 anos, da República Democrática do Congo (acampamento Shousha ). MSF

A organização conta que desde o início dos conflitos na Líbia, mais de 1 milhão de pessoas fugiram para a Tunísia, Egito, Argélia, Chade, Níger e Sudão. Elas cruzaram a fronteira entre o desespero e a esperança, como uma criança que busca abrigo nos braços de um adulto.

A exemplo do que tem ocorrido na Turquia, que refugiados sírios estão voltando para casa em grande número, cerca de 30%¨em um semana, refugiados em outros acampamentos sentem saudade de casa, dos parentes, vizinhos e da pátria. Sentem falta do ambiente de trabalho e da rotina.

Entristecidos e sem atividade ou nenhum tipo de terapia ocupacional estas pessoas vão morrendo por dentro.

Emannuel: Queremos encontrar nossa mãe...  - "msf.org.uk"
O fenômeno parece não ter mesmo fronteiras. Segundo relata o site japonês "Jijipress" refugiados do Tsunami têm encontrado rejeição e isolamento por parte do restante do Japão. Eles denunciam serem vítimas de preconceito.

Para a ONG Médicos Sem Fronteiras, o tratamento destas pessoas tem se mostrado desafiador e insuficiente. Muitas delas presentam sérios distúrbios emocionais e precisam de profundos cuidados.

Por outro lado, a UNHCR descreveu no início do conflito na Líbia que já os recursos financeiros estavam escassos para atender a tantos refugiados. Um número cada vez mais crescente que de origens e por motivos inúmeros têm deixado casa, trabalho, família e têm vivido literalmente à deriva. Ainda há relatos de milhares de refugiados que morrem as centenas sem mesmo alcançar um abrigo, como já denunciou a mídia várias vezes neste ano corrente.

Em busca de solução

O mais impressionante é que a maioria dos países que têm recebido os refugiados são os que atravessam as maiores crises financeiras e/ou políticas nestes tempo difíceis para todos, enquanto os países que ainda possuem algumas reservas têm se mantido distantes.

Com a desesperadora situação dos povos em regiões de conflitos, sem contar as tragédias naturais, que têm destruido casas, bens de consumo, empregos, sonhos e vidas aos milhares em todo o planeta, torna-se difícil de se alcançar algum resultado positivo se não houver mais solidariedade no coração do mundo. "Repartir" é uma palavra difícil de ser absorvida nestes tempo de extremo capitalismo, que chega a ser mais que selvagem, chega a ser jurássico.

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