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Archive for 7/10/11 - 7/17/11

Síria: Diálogo rejeitado pelos manifestantes e pela comunidade internacional.

A situação no país já tem ultrapassado aos limites da razão. A perseguição aos manifestante têm se assemelhado a algum tipo de distúrbio psicológico ou psiquiátrico do que a uma opção estrategicamente política. Quanto mais os dias passam, mais países têm se aglomerado ao redor das imagens e dos relatos testemunhados exclusivamente pelo sofrido povo sírio.


Conferência dos Eruditos Muçulmanos em Stambul 13-07-11
Por Saulo Valley - Rio de Janeiro, 13 de Julho de 2011 - 12h52min.

Uma verdadeira exposição de desequilíbrio e insanidade. Um massacre injustificável, detestável e inadmissível!

Perdido em suas próprias obsessões, Bashar Al-Assad tenta provar para o mundo de que é capaz de controlar o incontrolável. Envolto em sangue inocente, o ditador busca tornar a repressão aos manifestantes sírios, um cartão de visitas, um espetáculo para os governantes aliados e parceiros, mas seu estado de loucura está assustando... ao ponto de ser condenado por seus maiores escudos: Rússia e China.

Franco Frattini - Foto "UK in Italy"
Ainda na manhã de hoje, a Itália, na voz do Chanceler Franco Frattini, repudiou o massacre e a repressão ao invés de procurar fazer as reformas políticas tão prometidas, na verdade desde 2002. O Chanceler afirmou que em virtude das circustâncias, que "é tempo para o Conselho de Segurança das Nações Unidas fazer ouvir sua voz."

À medida que mais civis são mortos, suas chances de se manter no poder morrem juntamente. O caminho sem volta que foi observado por muitos há menos de 4 meses.

Um oftalmnologista que não consegue enxergar outra opção de governo a não ser pela força das armas e da condenação brutal. Fora da realidade mundial, um conjunto de reações que demonstram total insegurança e incapacidade de adaptar-se aos novos tempos da globalização.

Um reajuste que requer o sacrifício de todos. Mas não significa que todos devam ser sacrificados!

Sentindo-se oprimido pela própria incapacidade, Al-Assad tem se aventurado num estágio infantil onde culpar aos outros tem sido sua única retórica. Ele provavelmente buscava impressionar os mais terríveis ditadores do mundo árabe, como fez seu pai, quando deixou Saddam Hussein boquiaberto com o grau de crueldade de suas tropas. Mas os tempos são outros. Ao aprofundar-se no obscuro mundo da vingança, Assad abre mão definitivamente de todas as possibilidades de manter seu governo.

Diga-se de passagem, o último "diálogo" que tentou promover entre o seu partido Ba'arth e os partidos "amordaçados" de oposição, apenas o governo falou e silenciados, pelo medo, os políticos se mantiveram na posição de ouvintes. Ainda há relatos por ativistas de que muitos da oposição boicotaram o encontro.

No site Al-Arabyia, uma postagem cita as promessas do regime, na questão do encontro com a oposição, dizendo que o sistema anunciava sua intenção de pôr sobre a mesa "a idéia do diálogo como ele disse, queria que ele fosse um diálogo nacional e abrangente." mas segundo nota o escritor, nenhuma das 3 coisas foram percebidas ainda, destacando que não há diálogo com as entidades protestantes privadas e de oposição, a liderança do encontro pertence ao próprio governo, a organização, os objetivos, a agenda, os temas são totalmente determinados pelo governo monopolista do partido Ba'ath e que o encontro só tende a defender o próprio sistema.

Atirador de Elite atirando - Snapshot - Cortesia  "Syrfree"
Lá fora, quase uma centena de tanques do exército bloqueiam estradas, atiram nas residências e nas pessoas, enquanto snipers e guardas de seguranças se multiplicam nas ruas e nos telhados com ordens expressas para impedir a qualquer custo as manifestações pacíficas.

Ao mesmo tempo em que escrevo estas linhas dezenas de intelectuais estão sendo perseguidos, arrastados e presos pelas ruas de Damasco, em Midam, Daraa, Idleb... 


E assim vai. Uma máquina que não pára. Independe da opinião internacional. Assad não vai parar de destruir, muito menos de matar!


Na prática, o único diálogo até agora está acontecendo neste momento na Conferência dos Eruditos em Stambul, organizado pela Federação Mundial da Associação dos Eruditos Muçulmanos, onde um debate acontece com o objetivo de decidir se a organização apóia ou não a revolução síria. Este evento reúne cientistas, intelectuais, pesquisadores, mestres e, claro que os cléricos, que buscam encontrar uma solução para a situação do povo da síria. Numa página especial dedicada à imprensa, a federação tem postados vídeos gravados durante a conferência.

E já que é pra falar de intelectuais sírios, hoje eles estão por toda a parte do país, em manifestações pacíficas exigindo a queda do regime, democracia e liberdade de direitos humanos.

Síria: Mais de 15 Mil presos políticos sob tortura, 53 corpos são "moeda de troca"

Desde o início dos protestos na Síria é que as prisões aleatórias vêm acontecendo. Há 4 meses 15 crianças foram presas pela "inteligência" e hoje mais de 15.000 sofrem tortura e sobrevivem em condições deploráveis.




Por Saulo Valley - Rio de Janeiro, 12 de Julho de 2011 - 17h22min.

Mutilados, perfurados à tiros, queimados por pontas de cigarro, choques elétricos, entre outros métodos utilizados na segunda guerra mundial, assim são tratadas, crianças, mulheres, jovens, trabalhadores e idosos.

Basta que tenham dito qualquer coisa em oposição ao governo, e lá estão as forças de segurança investigando... Invadindo escolas primárias, universidades, templos, residências e estabelecimentos comerciais e trazendo presos os primeiros que encontram.

Obrigados a fazer declarações de amor ao Exército, ao regime e ao presidente Bashar Al-Assad, sob torturas e risco de perder a vida, a população se vê diante de um dos mais macabros momentos de sua história.

De acordo com a Comissão de Coordenação Local da Síria, mesmo com a lei de emergência aparentemente suspensa, "o regime sírio continua a deter manifestantes pacíficos, ativistas, jornalistas e blogueiros em todo o país."

A Comissão informou que pelo menos 53 detentos morreram sob tortura das mãos das forças de segurança. destacando ainda os incontáveis casos de sequestro cujas localização das vítimas nunca foram informadas.

De acordo com a Coordenação, só o serviço de inteligência sírio mantém cerca de 4 Mil pessoas presas na base da Força Aérea em Damasco.

Omar Idliby, porta-voz da Comissão de Coordenação Local, denunciou:
"Mesmo os corpos dos mártires não foram poupados de detenção, com o objectivo de negociar (os cadáveres), e várias das famílias dos mártires sofreram detenção, com o objectivo de exercer pressão sobre eles e para impedi-los de falar sobre os detalhes das mortes de seus filhos..."

O porta-voz denuncia ainda que "manifestantes pacíficos foram detidos feridos dos hospitais bem como  membros das família dos manifestantes para que os outros manifestantes se entregassem às forças de segurança."

Idliby conta que apesar de que o governo da síria ter anunciado a emissão de decretos de "anistia" o número de presos beneficiados pelo decreto é insignificante em comparação com a porcentagem de criminosos comuns que são libertados.

 Idliby informou que:
"Dezenas de prisioneiros da revolução na Prisão Central em Adra continuam em greve de fome há duas semanas, e eles exigem ser incondicionalmente libertados, incluindo os manifestantes e os prisioneiros de consciência detido antes da revolução."

O porta-voz da Coodenação Local aponta que o governo da Síria busca por meio das detenções maciças e o assédio e a tortura, fragilizar o espírito dos manifestantes e desestimulá-los a prosseguir com o levante pela liberdade e democracia, mas lembra que o espírito do povo da Síria não se abate "pelo cerco imposto pelos tanques e não vão se dobrar à brutalidade e crueldade das prisões."

Reação internacional

No dia 11 de Julho, a Anistia Internacional pediu ao Tribunal Penal Internacional que inicie as investigações pelos crimes contra a humanidade praticados pelo governo Al-Assad, destacando:

"De acordo com pesquisas da Anistia Internacional, as violações dos direitos humanos cometidas pelas forças de segurança da Síria e do exército desde que os protestos em massa começou em meados de março incluem assassinatos e tortura. Eles parecem ter sido cometidos como parte de um ataque generalizado -, bem como sistemática - ataque contra a população civil e, em alguns casos, a quantidade de  crimes contra a humanidade. "
EUA


A secretária Hillary Clinton disse ontem (11-07) que o presidente Bashar Al-Assad perdeu a sua legitimidade e que ele não é alguém indispensável, que "nada se pode fazer sem ele."


O governo da Síria rebateu as declarações de Clinton dizendo: "Essas declarações são propositadamente ato provocativo para a continuação da crise interna"...


Isto aconteceu poucos dias depois que o embaixador americano na Síria saiu do consulado em Damasco com uma equipe percorreu as ruas de Hama e dar apoio aos manifestantes, ato este que foi repudiado pelo governo Sírio com todas as forças, que acusou os Estados Unidos de estarem envolvidos na crise interna do país.

Enquanto EUA recebe a culpa pela crise síria, as prisões e as torturas de manifestantes civis continuam em elevada progressão. Os manifestantes passaram protestando durante todo o dia e as suas manifestações prometem atravessar a noite pedindo a libertação dos presos de consciência, dos presos políticos e o fim das torturas.
July 12, 2011
Posted by Unknown

Crimes de guerra: A justiça é para TODOS, BUSH é a sua vez!

A Organização para os Direitos Humanos em New York preparou um relatório exigindo uma investigação pelos crimes de guerra cometidos pelo ex-presidente George W. Bush e outras três autoridades de sua administração.


Anti-bush protestos - Foto cortesia de "Mark Probst"
Por Saulo Valley - Rio de Janeiro, 12 de Julho de 2011 - 08h46min.

O relatório intitulado "Getting Away with Torture" descrito pelo termo: "Evidência esmagadora de tortura" por parte do governo Bush que acaba obrigando a administração Obama a abrir um inquérito sobre as acusações de torturas, e maus tratos de detentos, dentre outros crimes prisionais.

O relatório de 107 páginas traz à luz um imenso esquema de transferência de presos para outros países, onde eram torturados e postos em condições desumanas. Dentre os investigados por participação nos acontecimentos, a HRW (Direitos Humanos) de New York apontou além de Bush, três altos funcionários do governo, destacando o ex-vice-presidente Dick Cheney, secretário da Defesa Donald Rumsfeld, e director da CIA George Tenet.

Autor N/A 
Para Keneth Roth, diretor executivo da Human Rights Watch, as razões para a abertura do inquérito são "sólidas".  A Organização pede que a administração atual da América deixe de tratar casos de tortura como um simples erro de opção, e que se torne um crime previsto em lei. Keneth Roth acrescentou:

"Se o governo dos EUA não prosseguir com investigações criminais credíveis, outros países devem julgar funcionários dos EUA envolvidos em crimes contra os detentos, em conformidade com o direito internacional, a Human Rights Watch disse."

Capa do relatório por "HRW".
"Getting Away with Torture" traz uma verdadeira pressão sobre a administração de Barack Obama e torna-se um perigo para sua campanha rumo ao segundo mandato na presidência dos Estados Unidos.

O sumário do relatório está disponível para download em inglês, espanhol e árabe.

Segundo os documentos apresentados pela HRW muitos dos acontecimentos têm relação com a campanha "Guerra ao Terror" e está dividido nos seguintes capítulos:

Filme "BUSH"


"Getting Away with Torture"

sumário

recomendações

I. Antecedentes: Sanção Oficial de Crimes contra detentos

II. Tortura de detidos em operações de contraterrorismo dos EUA

III. Responsabilidade criminal individual

Apêndice: Proceedings Estado dos Negócios Estrangeiros Quanto EUA maus-tratos de Detentos

Agradecimentos e Metodologia

Com esta realidade exposta, talvez agora o filme sobre os 1000 dias de Bush no poder devam ser reescritos.

Anistia Internacional: Brasil, África do Sul e a Índia, pelo fim do massacre na Síria.

A Anistia Internacional está muito preocupada com a situação na Síria e ontem ela publicou em seu site um pedido para que o Brasil, a África do Sul e a Índia pressionem o Conselho de Segurança da ONU por meio de sua influência  para que o massacre de civis sírios tenha fim o mais rápido possível.


Foto cortesia -  "William Murphy"
Por Saulo Valley - Rio de Janeiro, 11 de Julho de 2011 - 11h52min.

A Anistia Internacional destaca que os inúmeros crimes cometidos contra a população síria, por parte dos grupos armados a serviço do regime de Assad,  são repetidamente praticados chegando ao ponto de crimes contra a humanidades já estarem se tornando uma rotina destacando que:

"A resposta das autoridades sírias "às demandas de seu povo até agora tem sido brutal para dizer o mínimo. "

Suas investigações têm comprovado que inúmeros crimes contra a humanidade e torturas começaram a ser praticados logo no início dos protestos a partir de 15 de Março. Nesta época 15 crianças foram presas e torturadas pelo Serviço Secreto por escreverem nos muros palavras que faziam menção a revolução no Egito e Líbia e avisavam: "As pessoas querem derrubar o regime"...  "Agora é a sua vez Bashar".

Além das 15 crianças entre 10 e 15 anos, cerca de 40 ativistas, políticos de oposição e manifestantes que pediam a libertação dos inocentes e presos políticos, também foram trancafiados e sujeitos a torturas.

Deste período pra cá, já somam quase 4 meses de prisões, torturas e execussões. Quase 1500 mortos e mais de 350 soldados executados ou que morreram em revoltas tentando defender a população das forças de segurança do próprio governo. Ainda há a existência de diversas valas comuns, sendo que apenas 3 delas foram tornadas públicas. Há notícia de que em um estádio esportivo, na cidade de Vaga onde as prisões em  massa ocorriam, foi encontrada uma outra vala comum há algumas semanas.

Fonte da imagem: "nobles"
"Alguns membros do Conselho introduziram uma resolução sobre a Síria que poderia ser um  primeiro passo para um encaminhamento ao Tribunal Penal Internacional. No entanto, a votação da resolução está atualmente bloqueada por outros seis membros. Acreditamos que, três desses seis, Brasil, África do Sul e Índia, poderia ser persuadido a mudar sua posição com a pressão internacional suficiente." - "Amnesty.org"
 Para incentivar ao Brasil, Índia e África do Sul a intervir a favor da população síria, a Anistia Internacional iniciou ontem um abaixo assinado digital, onde você pode interagir para que as assinaturas sejam encaminhadas ao Ministério do Exterior com um pedido desesperado para olhem de forma especial para a situação do povo sírio. Das cerca de 555.666 assinaturas necessárias, apenas 194 foram conseguidas até agora. Você pode mudar este quadro!

Agora é a sua vez de AGIR! Faça o mínimo que se poderia fazer para que milhares de vidas sejam poupadas. A Anistia Internacional precisa de você! Assine já!

Assinatura:
http://www.amnesty.org/en/ask-brazil-south-africa-and-india-to-help-stop-the-bloodshed-in-syria#tabset-tab-1

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