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Archive for 5/27/12 - 6/3/12

SÍRIA URGENTE: Síria planeja usar armas químicas diz FSA - Exército Livre

Uma mensagem enviada pelo Exército Livre por meio do batalhão rebelde Umayyad localizado em Damasco, que dizia neste Sábado que a TV estatal síria acusou o exército livre de uso de armas químicas. Como o exército só utiliza armas leves de mão e foguetes de ombro, enviou um alerta para o próximo passo do regime sírio, que sem receio já se prepara para utilizar armas químicas, um dos maiores temores das Nações Unidas.

Massacre de Hula 27-05-2012 Foto cortesia de "FreedomHouse2"
Por Saulo Valley para JIRABH (Jornalismo Internacional da Revolução Árabe do BlogHumans)

Rio de Janeiro, 02 de Junho de 2012 - 05h21 GMT-3


As armas químicas da Síria são um dos grandes temores das Nações Unidas. Esta é considerada uma das principais razões para que a Síria ainda não tenha sofrido um intervenção militar. Em posse de vasto estoque de armas germinativas, a Síria se mantém no controle da atual situação na relação Síria-comunidade internacional. Talvez esta seja uma das principais razões para tanto receio da comunidade internacional ao tentar dialogar com o regime sírio. Outra razão é em relação ao Irã, Rússia e China, um conflito que levaria à instabilidade do Oriente Médio e à temida guerra mundial.

Mas já há indícios de uso de armas químicas na Síria. Há alguns dias publicamos no BlogHumans que as forças de segurança estavam utilizando uma espécie de fumaça (de uso parecido com a bomba de efeito moral), mas que provocava gravíssimas queimaduras por toda a superfície da pele. A matéria foi publicada em 09 de Maio deste ano reportava o uso de  armas químicas sobre a cidade de Rastan que deixou 10 mortos por queimaduras e muitos feridos e em Outubro do ano passado já havia publicações à respeito no "Saulo Valley Blog Notícias".

Direitos Humanos

O HRW (Observatório dos Direitos Humanos das Nações Unidas) realizou uma reunião de emergência na Sexta-feira dia 1 de Junho deste ano, para discutir a violência em curso na Síria, em consequência do massacre de Hula e as continuadas prisões massivas e execuções sumárias de civis com uso do exército e de milícias contra a população civil. No final da seção uma resolução forte foi aprovada na sessão de emergência da ONU em condenação ao regime sírio pelo massacre de Houla em Homs.

Outro acontecimento que chama atenção foi o fato de que 55 organizações não-governamentais assinaram um pedido para a expulsão da Síria do Comitê dos Direitos Humanos das Nações Unidas Ler artigo publicado pela HRW.

Video: Pesado bombardeio, tiroteio, incêndios e explosões no confronto entre exército sírio e dissidentes em Bab Al-Shabaa em Homs.


Greve Geral

A paralisação do comércio é uma forma popular de protesto contra a opressão na Síria e neste Sábado as forças pró-regime invadiram os centros comerciais de bairros de Damasco e Aleppo para obrigar aos comerciantes a abrirem as suas portas para o atendimento ao público.

No bairro Skibba, localizado na região rural de Damasco, 100% do comércio se encontra fechado e há relato de que vândalos estão destruindo lojas da rua Walnut Street, mas não se sabe ainda se são pró-assad. De acordo com ativistas sírios, a atividade comercial na região está 100% paralisada.

Em Homs o comércio também aderiu ao chamado para a greve nacional do comércio, para dificultar o regime sírio de gerir as suas contas e prejudicar a compra de novas armas pelo sistema.


Relatório de vítimas para hoje pela CCLSy

A Coordenação de Locais da Síria avisou que nesta manhã de Sábado o número de mortos já chegou a 8, tendo uma menina entre as vítimas.

ONU: Aprovada resolução que condena a Síria pelo massacre de Hula

Em sessão de emergência as Nações Unidas condenam a Síria pelos crimes cometidos no vilarejo de Houla, na província de Homs. Publicamos o relatório traduzido para o português

Por UN , HRWtranscrito e editado por Saulo Valley para JIRABH (Jornalismo Internacional da Revolução Árabe do BlogHumans) 
Rio de Janeiro, 02 de Junho de 2012 - 05h21 GMT-3

O HRW (Observatório dos Direitos Humanos das Nações Unidas) realizou uma reunião de emergência na Sexta-feira dia 1 de Junho, para discutir a violência em curso na Síria, em consequência do massacre de Hula e as continuadas prisões massivas e execuções sumárias de civis com uso do exército e de milícias contra a população civil. No final da seção uma resolução forte foi aprovada na sessão de emergência da ONU.  Cabeçalho do relatório:
Publicado pelo Observatório das Nações Unidas - em 01 de junho de 2012 no Conselho de Direitos Humanos (CDH) e na Síria. De acordo com a HRW A votação foi 41 votos a favor, 3 contra (Rússia, China, Cuba), 2 abster-se (Equador, Uganda), e Filipinas esteve ausente.
Conselho de Direitos Humanos Sessão especial XIX1 de junho de 2012 - Djibouti, Kuwait, Qatar, Arábia Saudita, Turquia *, Estados Unidos da América: projecto de resoluçãoS-19 / ... A deterioração da situação dos direitos humanos na República Árabe da Síria, e as mortes recentes em El-Houleh.
A resolução dividida em 14 pontos condenando as mortes em Hula que foram confirmadas pelos observadores das Nações Unidas quanto ao massacre que resultou na morte de dezenas de homens, mulheres e crianças num total de 108 e ferindo mais de 300 civis, na aldeia de El-Houleh (Hula), perto de Homs.

O relatório relacionou os crimes cometidos pelo regime sírio, entre eles destacou "o brutal massacre de civis por fuzilamento à queima-roupa e por abuso físico grave" efetuado por "elementos pró-regime e uma série de bombardeios de artilharia e de tanques Governo de um bairro residencial."
A resolução lembrou que as atrocidades no massacre de Houla "podem constituir crimes contra a humanidade" "observando seu incentivo repetido ao Conselho de Segurança para se referir a situação na Síria para o Tribunal Penal Internacional"
1. Condena nos termos mais fortes possíveis, uma escandalosa utilização da força contra a população civil, que constitui uma violação do direito internacional aplicável e do compromisso do Governo da República Árabe Síria, em Resoluções do Conselho de 2042 (2012) e 2043 (2012), para cessar a violência em todas suas formas, incluindo a cessação do uso de armas pesadas em centros de população
2. Condena nos termos mais severos a morte escandalosa de quarenta e nove crianças, todos menores de 10 anos.
3. Lamenta que as mortes recentes em El-Houleh ocorreu num contexto de contínuas violações dos direitos humanos na República Árabe da Síria, incluindo detenções arbitrárias em curso, o acesso dificultado para a mídia e as restrições do direito de reunião pacífica
4. Enfatiza a continuada incapacidade das autoridades sírias para proteger e promover os direitos de todos os sírios, incluindo através de violações reiteradas e sistemáticas dos direitos humanos
5. Reitera o seu apelo urgente às autoridades sírias para colocar um fim imediato de toda a violência e todas as violações de direitos humanos e assumam as suas responsabilidades para proteger as suas populações
6. Reitera o seu pedido às autoridades sírias para permitir imediatamente que os mecanismos das Nações Unidas de direitos humanos e missões de acesso pleno e livre e liberdade de movimento dentro da República Árabe da Síria
7. Salienta a necessidade de realizar uma investigação internacional, transparente, independente e imediata sobre as violações do direito internacional com vista para responsabilizar os responsáveis ​​por generalizadas, sistemáticas e graves violações dos direitos humanos, incluindo as violações que podem constituir crimes contra a humanidade.
8. Solicita à Comissão de inquérito para urgentemente realizar uma investigação abrangente, independente e livre especial, de acordo com as normas internacionais, sobre os acontecimentos em El-Houleh e, se possível identificar publicamente aqueles que parecem responsáveis ​​por estas atrocidades, e preservar a prova de crimes de possíveis processos criminais ou de um processo futuro de justiça, com vista para responsabilizar os responsáveis, e solicita também à Comissão que apresente um relatório completo dos resultados do seu inquérito especial para o Conselho de Direitos Humanos em sua vigésima sessão, e para Coordenar, de forma adequada com mecanismos relevantes das Nações Unidas
9. Insta as autoridades sírias a cooperar plenamente com a comissão de inquérito e restituir-lhe o acesso pleno e irrestrito à República Árabe da Síria para realizar seu trabalho.
10. Exorta todos os Estados Membros das Nações Unidas para ajudar a comissão de inquérito na sua missão, fornecendo o apoio necessário para ele atingir os seus objetivos, incluindo, mas não limitado aos Estados-Membros convidando as autoridades sírias a conferir à Comissão o acesso necessárias para realizar seu trabalho.
11. Insta as autoridades sírias a conceder o acesso imediato, livre e pleno de organizações humanitárias a todas as áreas da República Árabe Síria, a fim de permitir-lhes prestar socorro e assistência humanitária, e insta todas as partes para que respeitem a segurança dos trabalhadores humanitários.
12. Solicita à cooperação, conforme apropriado, de outros organismos das Nações Unidas com a comissão de inquérito para cumprir a sua missão, e solicita o apoio do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos e ao Secretário-Geral neste sentido.
13. Solicita a aplicação urgente, abrangente e imediata de todos os elementos do Conjunto Enviado Especial das Nações Unidas e da Liga dos Estados Árabes e os seis pontos-proposta, anexo à resolução 2042 do Conselho de Segurança sem precondições.
14. Convida o Enviado Especial Conjunto das Nações Unidas e da Liga dos Estados Árabes, Kofi Annan, para fornecer um briefing ao Conselho de Direitos Humanos em sua vigésima sessão;14. Decide continuar a ocupar da questão.

Síria inicia nova campanha de prisões após libertar 500 inocentes.

Enquanto o regime sírio comemora a libertação de 500 presos inocentes, em resposta à pressão internacional (logo após o massacre de Hula) o Exército Sírio e as forças de segurança foram reportados como tendo realizado uma pesada campanha de varreduras e prisões aleatórias que somaram num total de 150 pessoas só no bairro de Janoub Al Mala'ab na cidade de Hama nesta quinta-feira.


Jihad Hafaqak é médico do Crescente Vermelho Sírio - Preso pelo regime sírio
 em 11-05-2012
Por Saulo Valley para JIRABH (Jornalismo Internacional na Revolução Árabe do BlogHumans)
31 de Maio de 2012 - 18h32 GMT-3 - Atualização: 01/Junho/2012 09h17 GMT-3

 Ativistas internacionais também denunciaram um violento bombardeio contra áreas residenciais. Ainda reportaram que o número de mortos nesta quinta-feira atingiu a casa dos 55, com base no relatório diário publicado pela CCLSy (Coordenação de Locais da Síria).

O jovem na foto ao lado chama-se Jihad Hafaqak. Médico do Crescente Vermelho Sírio. Um dos coordenadores. Ele foi preso no dia 11 de Maio deste ano num ponto de controle das forças de segurança e está sendo mantido preso em um centro de Inteligência Política de Homs. Seus familiares e mais de 800 amigos e vizinhos reclamam a sua libertação na página criada no Facebook desde a sua prisão "AlhrytLmtqlAlhlalAlahmrJhadHakmy".

A rede Aljazeera ainda fez uma reportagem nesta terça sobre os libaneses sequestrados na Síria. Diáriamente milhares de pessoas são abduzidas na Síria. Uma prática do regime sírio que tem alargado as valas comuns e hiperlotados as prisões que foram convertidas em centros de torturas e execuções lentas.

Continuam as prisões e novos extermínios depois do comentado Massacre de Hula.


Os massacres na cidade de Homs são frequêntes e intermitentes. Não há quem impeça a Bashar Al-Assad e seu regime de executar seu plano de exterminar (antes torturar e matar lentamente) a todos os seus opositores políticos e religiosos. Isto mesmo: O regime sírio tenta fazer parecer que há uma guerra sectária no seio da revolução, entre ele mesmo, o próprio regime está usando seus asseclas da seita "Alawite" para perseguir e exterminar a todos os não-alawitas da Síria, exceto os que se curvam e beijam as fotos de Bashar Al-Assad.

O último massacre aconteceu em Al-Quasir em Homs e foi reportado pela agência internacional de notícias "BBC". Detalhe: Todos eram trabalhadores rurais de uma fábrica de fertilizantes, que foram surpreendidos dentro de um ônibus que conduzia os trabalhadores para o campo.

Mediante ao fogo pesado dos tiros aleatórios das forças pró-assad, o FSA precisou intervir em favor dos familiares das vítimas para recuperar os corpos - informou a coordenação da pequena vila de Qudsaya e Curto, onde aconteceu o crime bárbaro. Ainda 6 casas foram destruidas, 90 pessoas feridas e 12 pessoas morreram em consequência dos bombardeios implementados após a onda de prisões em massa na região Leste da cidade. De acordo com o relatório da revolução, os tiros eram disparados à partir de pontos de controle em Almashtal e do destacamento militar e de segurança da cidade. A fonte relatou ainda que os bombardeios continuam em andamento na região Norte da cidade e o dia amanheceu mais negro ainda na província de Homs com grandes operações militares em vilarejos e cidadelas.

Video: Hospital improvisado numa residência recebe os feridos vítimas de bombardeio. No momento da entrevista dos feridos, uma explosão atinge a construção aonde funciona o hospital de campanha. Logo a seguir uma sequência enorme de lutadores do FSA feridos ou mortos chegam em grande quantidade, durante combate para impedir a entrada do exército sírio predador na região. IMAGENS FORTES. CONTÉM SANGUE +18.


Ocorreram várias tentativas de invasão militar do exército sírio na região, mas o FSA (Exército Livre Sírio) formou uma força de contenção que tem mantido o exército ocupado enquanto tentam retirar os civis das mãos das força de segurança. Vídeo: FSA lutando para impedir a entrada de tanques em Qudsaya.



As regiões que permanecem sendo bombardeadas nesta Sexta: Aldumeineh Algharbiyeh, Kamam, Alsalomeyeh e Alshomariyeh. Disse a revolução em Qudsaya.


Enterro das vítimas do massacre de Qudsaya em Homs 31-05-2012
Foto: "Quasir Revolution"
Os corpos das vítimas foram mantidos numa geladeira até o momento que foi possível enterrá-los. As fotos estão neste álbum digital. As imagens são fortes e contém sangue.

Síria: Uma vala comum descoberta na "Porta dos Leões".

Os massacres na Síria já se tornaram rotina. É possível que nenhuma cidade do país esteja livre das valas comuns, já que o regime sírio não abre mão do uso das armas de fogo como forma de gerenciar e conduzir o país. Esta nova vala comum foi encontrada no dia 27 último por membros voluntários do Exército Livre.

Imagens capturadas por telemóbile "snapshot"
Por Saulo Valley para JIRABH (Jornalismo Internacional da Revolução Árabe do BlogHumans)
Rio de Janeiro, 30 de Maio de 2012 - 05h55 GMT-3

Depois da Austrália, nesta terça o Canadá expulsou os diplomatas Sírios em resposta aos sucessivos massacres de civis, em especial o massacre de Hula, norte de Homs perto da fronteira com a Turquia.
Em um comunicado, o ministro de Negócios Estrangeiros Jonh Baird, disse que apesar dos insistentes pedidos da comunidade internacional ao presidente Bashar al-Assad para um cessar-fogo, o seu regime de "campanha condenável de violência selvagem continua inabalável."

Esta atitude corajosa é continuidade de uma campanha europeia para pressionar o regime sírio a cessar o massacre de civis. Além da Austrália outros 12 países aderiram ao movimento: EUA, Alemanha, França, Grã-Bretanha, Itália, Canadá, Espanha, Bélgica, Bulgária, Holanda, Ucrânia e Japão por último.

De acordo com a Aljazeera, o governo francês não descartou a possibilidade de uma intervenção militar na Síria, e iniciou uma grande discussão entre os estados-membros das Nações Unidas para que a possibilidade seja estudada à luz das leis internacionais, sob a batuta do Conselho de Segurança.

Massivos massacres estão ganhando cada vez mais espaço na Síria e, a julgar pela firmeza com que recebeu os apelos da comunidade internacional por meio do enviado especial Koffi Annan, o regime de Bashar Al-Assad está disposto a ir até as últimas consequências para levar adiante sua busca pelo extermínio de 100% da oposição ao seu regime de sangue. Oposição esta que só tende a crescer e já se internacionalizou. Apenas os governos Iran, Rússia e China se mostram publicamente favoráveis ao regime sírio, enviando ajuda financeira, armas, munições e tropas. Apenas 3 potências "dispostas" a enfrentar 197 países, para preservar o árduo trabalho do regime sírio de esfolar, estuprar e matar mulheres e crianças de zero a 80 anos.

Em uma entrevista por vídeo, o ministro israelense para o Desenvolvimento da Galiléia e do Negeb Ayud Kara conversou com um dos oficias líderes do (FSA) Exército Livre Sírio. Na conversa por telefone, o dissidente Abu Bilal pediu ajuda de Israel na luta pelo fim do regime sírio. Assista:


continua..

Síria irredutível quer fim da resistência popular para "cessar violência"

Ao receber a visita do enviado especial das Nações Unidas e da Liga Árabe, Koffi Annan a reação do regime sírio foi a mesma de sempre. Irredutível quanto ao grau de violência a ser empregado na repressão da oposição, Al-Assad pede o fim do terrorismo (oposição) como saída para a crise no país.

A preparação do enterro coletivo das vítimas do Massacre de Hula no dia
27-05-2012 - Foto gentilmente cedida por "FreedomHouse2".
Por Saulo Valley para JIRABH Jornalismo Internacional da Revolução Árabe do BlogHumans
Rio de Janeiro, 29 de Maio de 2012 - 19h11 GMT-3

O enviado especial para o Plano de Paz na Síria das Nações Unidas chegou no país depois das tristes notícias do massacre de Hula, que noticiamos durante o acontecimento, que culminou na morte de pelo menos 108 pessoas, de maioria crianças e mulheres degoladas e vítimas de torturas e pesadas escoriações. Entre as vítimas ainda foram periciadas 20 pessoas que foram mortas em consequência do bombardeio por mísseis que o regime sírio despejou sobre a cidade no dia 25 último.

De acordo com o ultimo relatório de imprensa publicado pela equipe de jornalismo das Nações Unidas, o enviado especial Koffi Annan encontrou-se com o presidente sírio Bashar Al-Assad para pedir maior cooperação no cumprimento do acordo de paz selado entre o regime e a ONU. O relatório disse que o enviado convidou seu anfitrião para uma conversa franca, alertando que "medidas corajosas" são necessárias para implementar o plano de paz acordado em Março deste ano.

Momento em que Observadores  da ONU e legistas do Crescente Vermelho
verificam os corpos das alegadas vítimas do massacre de Hula. 27-05-2012
Foto gentilmente cedida por "FreedomHouse2".
Annan descreveu "a preocupação da comunidade internacional sobre a violência na Síria" em especial o massacre de Hula, destacando o apelo pelo fim da violência por parte do governo e a permissão de acesso livre de ajuda humanitária e das agências internacionais de notícias.

Mas a "SANA" (agência estatal de notícias) publicou há pouco que o presidente sírio Bashar Al-Assad respondeu que:
"O sucesso do plano de Annan depende da cessação do terrorismo e seus apoiadores e o compromisso dos países que financiam grupos terroristas e que eles sustentam esse plano."
Na publicação os "terroristas" são responsabilizados pelos "atos de assassinato e sequestro contra os cidadãos sírios, além de saques e ataques a empresas públicas e privadas, vandalismo e holocausto." A fonte disse ainda que Al-Assad disse que além da "cessação do terrorismo", seria necessário o fim do contrabando de armas para abastecimento dos revolucionários (indicando os Estados Unidos após ter admitido fornecer armas leves para o FSA (Exército Livre).

Neste clima de impasse entre o Regime Sírio e o povo Sírio, ainda entre a Síria e a comunidade internacional, a população síria continua sendo sacrificada, sendo exposto à cada novo dia um elevado número de mortes. Enquanto relatório das Nações Unidas acusam a morte de pelo menos 9.000 civis de 15 meses de revolução, as estatísticas realizadas pela revolução síria não param, porque os populares são mortos todos os dias!

Contando com os últimos massacres, a atualização das contas da revolução elevou o número de vítimas do sistema para 15.234.


Há cerca de 30 dias o presidente Barack Obama afirmou que a Casa Branca tinha consciência de que a número de mortos na Síria já ultrapassava dos 11.000 civis. Mas a ONU há 2 meses mantém o relatório de mortos na casa dos 9.000.

Extra: A Alarabiya noticiou que a Austrália expulsou os diplomatas sírios após o massacre de Hula.

Síria: cerca de 80 das 108 vítimas de Hula foram esfaqueadas ou degoladas por Shabihas

As Nações Unidas confirmaram nesta Terça que das 108 vítimas do massacre em Hula, apenas 20 foram mortas pelo bombardeio intenso que recaiu sobre a cidade. De acordo com o relatório enviado pela Missão dos Observadores, a maioria das vítimas estavam em suas casas, ao serem atacadas pelos Shabihas (tribo alawita de assassinos comprados pelo regime sírio).

Gritos de SOS: Que a Síria tenta silenciar. A Comunidade Internacional tenta não ouvir.
Foto gentilmente cedida por "FreedomHouse"
Por Saulo Valley e JIRABH - Jornalismo Internacional na Revolução Árabe do BlogHumans
29 de Maio de 2012 - 08h27 GMT-3

Com a chegada de Koffi Annan à Síria, o enviado especial das Nações Unidas e da Liga Árabe tem a difícil tarefa de lutar pela manutenção do Plano de Paz das Nações Unidas na Síria, e silenciar as armas de fogo do regime de Bashar Al-Assad. Diversas fontes (inclusive a agência SANA do governo sírio) afirmaram que a chegada de de Koffi Annan na Síria foi bastante festejada neste dia, sendo acompanhada por inúmeras manifestações populares pedindo o fim do massacre e em rejeição ao regime sírio.

Diferente dos demais massacres que acontecem todas as sextas na Síria, o incidente em Hula (ou Houla), cidade que pertence à castigada província de Homs, seria uma prova clara de que o regime sírio não só estava tentando gerar uma guerra sectária entre os seus opositores, mas utilizando os Alawitas para exterminar todas as outras religiões na síria!

Esta verdade é bem clara, partindo do princípio que as mais de 80 vitimas do massacre de Hula foram assassinadas numa espécie de ritual habitual dos Shabihas, que raramente utilizam armas de fogo e estão acostumados com mutilações, estupros e torturas, quase sempre com o uso de armas brancas (uma marca registrada em todas os seus crimes durante a revolução síria que começou em Março de 2011). Outra realidade é que a maioria da população no norte de Homs, é de Shabihas.

Só no mês de Maio de 2011, os Shabihas estupraram cerca de 400 mulheres em um único dia no acampamento para refugiados sírios de Hatay, na Turquia. Pelo menos 300 destas mulheres e meninas engravidaram depois deste ato repugnante encomendado pelo regime sírio para amedrontar os sírios de fugirem do país, o que acabaria revelando a verdade sobre os acontecimentos na Síria, que hoje todo mundo já sabe.

O sequestro de mulheres também é uma das especialidades dos shabihas e até agora as mulheres de Hula estão sendo sequestradas após suas casas serem invadidas e suas famílias barbarizadas. Além disso, as casas são esvaziadas, seus bens e valores confiscados e depois são incendiadas.

Esta violência contra o patrimônio de um povo ainda é incrementado com bombardeios pesados, providenciados pelo exército regular da Síria, Hezbollar e tropas da Guarda Republicana Iraniana. No dia 19 deste mês foi anunciada pela Reuters, a chegada da brigada Anti-terrorismo russa em solo sírio, para apoiar ao presidente sírio contra o Exército Livre que luta para proteger a população destas agruras.

Video: Alarabiya fala sobre novo carregamento de armas russas para apoiar regime sírio. Reportagem do dia 27 de Maio - 2012. Este é um grande esforço da Rússia contra o "Plano de Paz de Annan" assinado entre a Síria e as Nações Unidas.



Vídeo gravado por um integrante do FSA durante uma operação de busca noturna na região Norte de Hula, em resposta ao massacre. A missão consistia em perseguir e prender os Shabihas e Cbhhih.



Com a violenta pressão do governo sírio para massacrar literalmente seus opositores, novos grupos saladinos estão sendo formados. O mais recente foi anunciado nesta Segunda (28) em Aleppo. O grupo rebelde é formado por jovens civis.


Uma publicação que não consiste na realidade síria, foi divulgada pela agência russa RT News. Citando um suposto funcionário (anônimo) das Nações Unidas, ela destaca que o FSA (Exército Livre) arregimenta crianças para a guerrilha contra Bashar Al-Assad, o que constitui uma falsa alegação, que só visa desmerecer (disfarçadamente) os esforços do povo sírio de resistir ao opressor regime de governo de seu país.

Enquanto isto a própria Rússia vem sendo pressionada pelas Nações Unidas a reconhecer publicamente que o Regime Sírio está matando seu próprio povo. Ao invés disto envia mais armas e tropas para dar apoio a Al-Assad. A prova da culpa do regime nos crimes contra a civilização síria está no massacre de Hula. Todos os indícios apontam para o Exército Sírio, forças de seguranças e as milícias de Shabihas que sobrevivem exclusivamente do trabalho direto prestado para o regime sírio.

Manifestantes detidos em casas abandonadas sob severos
 espancamentos, inclusive crianças e mulheres.
Vídeo vazado das forças de segurança mostram como os civis sofrem nas mãos das polícias civis e milícias, logo após serem presos. O vídeo não foi publicado no youtube, mas no facebook. Este arquivo não possui um link próprio, por isto estamos divulgando o link de compartilhamento via página oficial do BlogHumans no Facebook".

Síria: Novo massacre deixa 41 mortos em Hama 24 horas após Hula.

Mal o mundo globalizado teve consciência do tamanho do massacre de Hula que matou pelo menos 108 pessoas, entre elas mais de 50 crianças e 25 mulheres em 12 horas de bombardeios por mísseis e uso de milícias (Shabihas) com facas que estupraram, torturaram, mutilaram e degolaram mulheres e crianças, novo massacre iniciado há cerca de 12 horas em Hama, com relato de uso de bombardeio inclusive por avião militar.

2 dias antes do massacre em Hula as manifestações anti-regime eram massivas
"Snapshot de uma demonstração num funeral"
Por Saulo Valley e JIRABH (Jornalismo Internacional na Revolução Árabe do BlogHumans)
Rio de Janeiro - 28 de Maio de 2012 - 06h21 GMT-3

A onda de violência e brutalidade compartilhada gratuitamente na Síria se espalhou pelos principais redutos da oposição. Em Hama 41 pessoas foram martirizadas incluindo 4 soldado que havia desertado. 
Entre as vírtimas 5 mulheres e 7 crianças foram contadas ontem à noite num relatório enviado há pelo menos 10 horas. A estas alturas o número de vítimas pode ser ainda maior. Ainda há relatos não-confirmados da morte de outras 6 pessoas nos distritos de Mashaa 'al-Arb'een e al-Mal'aab Janoob.
De acordo com a Revolução Síria em Hama, há informações de que entre as vítimas estão 3 crianças acima dos 8 anos de idade.

Uma lista contendo os nomes e videos de quase todas as mortes confirmadas foi publicada na página: "Hama.English.News"

Khalídiya (SNN)

A violência na Síria tem chegado a níveis jamais imaginados. Neste Domingo foi constatada a morte do importante Jornalista e Ativista  Al-Ammar Mohammed Suhail Zadeh, diretor da maior rede popular de notícias da Síria "Sham Homs (SNN) de notícias". De acordo com as informações enviadas pela nossa colaboradora Isabelle Prax, Al-Ammar também era o correspondente da "Al Khalidiya". A vítima foi executada por forças de segurança do regime sírio na cidade de Homs, em Khalidiya.

A Equipe de Jornalismo Internacional na Revolução Árabe do BlogHumans condena nos termos mais fortes todas as formas de violência praticadas na síria, principalmente contra crianças, civis em geral e profissionais de mídia e da saúde. Conclamamos também as autoridades internacionais para que achemos uma solução definitiva e imediata para a crise na síria, encerrando de vez este regime de 48 anos de massacres e impunidade.

Hula

Videos: Entrevistas com uma mulher e uma menina que sobreviveram ao massacre de Hula (em Árabe). Detalhe que o hospital é improvisado numa residência.


NOTA: O Conselho de Segurança das Nações Unidas lamentou e condenou o massacre em Hula, prometendo enviar 300 observadores para garantia da diminuição da violência no país.

Homs

Dentre todas as vítimas do regime sírio neste fim de semana, uma delas ganhou destaque: Um menino de cerca de 16 anos foi preso, torturado, estuprado e degolado (especialidades dos Shabihas).

Aleppo

Bombardeio por foguetes e morteiros contra residências em continuidade ao processo de eliminação da oposição ao regime do presidente sírio Bashar Al-Assad tem levado mais desespero e morte aos bairros da cidade, deixando a região de Atareb um caos. A cidade fica próximo à fronteira com a Turquia.

Daara

O CCLSy (Comitê de Coordenação de Locais da Síria) revelou que uma força de repressão entrou na região de Shield/Daal com pelo menos 4 tanques e outros 6 veículos militares carregados de soldados, em renovação à ocupação militar da região, franco-atiradores tem sido distribuídos nos telhados dos prédios.

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